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18/10/2010

superfreak

Ninguém escolhe ser esquisito. A maioria nem percebe que é esquisito até ser tarde demais para mudar. Mas não importa o quão esquisito que você acabe sendo. As chances são de que ainda exista alguém para você. A não ser que tenham seguido em frente. Porque quando se trata de amor, nem os esquisitos podem esperar para sempre.

(Grey's Anatomy)





03/08/2010

Pedidos

Eu pedi. Pedi por várias coisas. Sou do tipo pidoncha mesmo. Peço livros, cd's emprestados. Peço até comida e bebidas. Peço por franqueza, por sinceridade, por palavras explícitas, por sentimentos sensatos. Pois é, peço muito. Por tudo e para todos. Sou do tipo sem vergonha e doa a quem doer. Peço, para que os outros não sintam por mim. Façam o mesmo. Peço por liberdade e independência.  Peço por você, por ela e por mim. Peço por calma. Tenham calma. Eu nunca disse que era perfeita. Peço por considerações. Nunca disse que meu coração era de pedra, mas sim que a frieza sobressaia. Peço, pois sei que tais pedidos são fáceis de concretizar-se. Não sou de muitas coisas. Peço por compreensões. Peço por pessoas afáveis. Peço por conhecimento. Peço por insultos e repreensões cabíveis. Peço acima de tudo por clareza. Peço por simplicidade nos atos, fatos e conclusões. Simplesmente peço. Pois sei que uma hora ou outra os pedidos serão realizados. Peço, porque pedir não paga, não dói e não insulta ninguém. Peço por pedir. Mas sempre espero que seja atentido.

05/07/2010

Olhar pra trás e perceber

Mas e aí, valeu a pena? Olhar pra trás e perceber que tudo aquilo mudou? Mudar e evoluir é necessário. Mas é tão necessário deixar passar toda aquela essência inocente que só vocês tinham? Pois é, tudo aquilo passou. Mas ainda não sei se era, de fato, necessário. Aquela coisa de caminhos opostos, decisões, opiniões, idéias e pensamentos vão tornando-se diferentes com o passar dos anos. E fazem com que aquela química seja desfeita. Mas hein, lembram-se que nunca foram parecidos? Enquanto ela usava blusa roxa, você saía comprar uma gola alta nude. Enquanto ela pintava os cabelos e passava vermelho fogo, você mal ia ao cabeleireiro. Pois é, nunca seguiram os mesmos padrões. Você via romance e ela adorava Kill Bill. Você era a calma e a sensatez. Ela obviamente, totalmente o contrário. Vocês brigavam, xingavam-se. Mas isso nunca foi empecilho para nada. Mas todo esse encanto passou. Essa época, esses momentos, aquelas fotos e cartas. Agora vocês são apenas conhecidos. São apenas educados. Vocês apenas são. E mais nada.

21/06/2010

EU USO ÓCULOS

São questões um tanto quanto relevantes. Pra você. Não pra mim. Nenhuma questão que me deixe preocupada é relevante. Não, não irei discutir. Eu já cansei antes mesmo de começar. Pode ser que algum dia alguém aprenda que nem sempre somos obrigados a aceitar fatos e atos. Que estar certo ou errado é sim, de fato relativo. Sempre há duas vertentes, duas visões e duas opiniões. E sempre remete aquela questão, 'está nos olhos de quem vê'. Digo isso querendo que seja de uma forma desacreditada, nem sempre quero estar certa. Mas isso é verdade. E infelizmente, meus olhos não me enganam mais. Eu tenho usado óculos, sabe? Pois é, enxergamos coisas que não queremos, deixamos de falar coisas que nos sufocam e tudo isso pra que mesmo? Talvez aquela lição sobre manter boas relações esteja surtindo efeito. Mesmo um efeito retardado. Mas talvez. Sob a acusação de que sou grossa, insensível, exagerada e claro rancorosa. Mantenho-me sob efeito de uma boa dose de paciência e contenho-me. Mas eu enxergo, posso ser tudo isso, muitas coisas e afins, mas eu enxergo. Afinal, eu uso óculos.

08/06/2010

50 dias com ela

Ela sempre foi o tipo de menina que eles olham e pensam no quão meiga essa é ou poderia ser. Ela é pequena e aparentemente delicada. Mas não se enganem. Sempre acreditou em muitas coisas, em tudo e em todos. Mas não acreditava em relações. Daquelas que envolvem duas pessoas (no seu caso) gêneros diferentes. A menina sempre achou muito difícil compartilhar sua vida, seus costumes, seus segredos, seu dia com alguém. Ao seu ver, um estranho invadindo seu mundo. Todos eles são sempre muito estranhos. Ela tinha suas manias. Escovar os dentes no box, não gostar de pentear os cabelos, mascar somente a metade do Tridente. As músicas não eram de comum agrado. Beatles ou Carla Bruni, são para poucos. Ela lia O Retrato de Dorian Gray, mas gostava mesmo era do Lorde Henry. Ela era confusa, impermeável, peculiar e egoísta. Ela sempre foi egoísta. Não atreviá-se a dizer o contrário. Assim as pessoas não insistiam. Mas ele, ele insistiu. Ele, ah ele! O cara estranho, chato, com seus tênis sempre brancos. Gostava das mesmas músicas. Beatles era bom e seu preferido sempre foi o Paul. Também gostava de livros com personagens estranhos e sempre admirava-os. Ele também tinha manias, daquelas um tanto quanto sistemáticas. E ela adora. Ele tem os pés e as mãos quentes. Enquanto ela, possui as extremidades frias. Ela tem franja e ele adora. Ele tem barba e ela acha aquilo um máximo. E os dois assim se completam e combinam. Ela passou acreditar. E ele conseguiu. Ela começou a contradizer-se. E ele passou a sempre estar certo. E ela desistiu de teimar. Resolveu se entregar. E agora? Agora ela está vivendo. Agora ela está experimentando. Agora ela possui um misto de sentimentos que jamais pensou que existisse. Agora ela pode dizer que está completo ou melhor, está se completando. São 50 dias e muito mais.

18/05/2010

Um certo incômodo

Eu sinto muito pelo incômodo. Mentira. Pra falar a verdade, eu não sinto nada. A sua inquietação sobre os atos alheios é um tanto quanto preocupante. Não pra mim. Como já disse. Eu não sinto. Eu não sinto por você, não sinto por ela, não sinto por ele e não sinto nem por mim. Tenho comigo que suas palavras, caras e bocas não fazem muita diferença. Se fizesse, creio que alguém já teria mudado seu jeito de ser, de pensar e passaria a ser um pouco mais como você. Mas ninguém está disposto a isso. Ninguém deseja ser uma pessoa amarga, ser uma pessoa confusa, ser um tanto quanto mórbida. Pois é, as vezes chego a pensar que sua vida se restringe à vida dos outros. Não, longe de mim super valorizar os meus momentos. Até porque, você já faz isso por mim. Mas cabe a mim, decidir o que é ou deixa de ser importante. Não sinto em dizer que alguém com características tão desprezíveis pré determinadas por mim, consiga ao menos definir o que sou, o que tenho, o quero ou o que irá acontecer.

11/05/2010

Medo

Todo esse medo e receio , vem do medo de querer. Vem do medo de ceder. Vem do medo de se perder. Medo de ir e não ter como voltar. Medo de aceitar e não poder negar. Medo de sentir e decepcionar-se. A resposta é sempre medo. Onde já se viu perder o controle. Não sentir o chão. Não ligar para o tempo. Se entregar. Pois é, calma e paciência são palavras que tentam instalar-se em meu vocabulário. Abster das emoções, das intensidades e vontades, são atitudes um tanto quanto nada coerentes na minha vida, mas tento sempre aplicá-las nas mais diversas situações. Quero poder agir, sem sofrer aquela recriminação. Não quero pensar no que pode dar errado. Não quero ter que ser cautelosa. Cautelas e cuidados  não servem pra mim. E não quero que sirvam. Não sei como acertar, mas sei muito bem dos erros. Não sei como aproximá-lo, mas sei como afastá-lo. Sim, sei fazer tudo aquilo que me faz não ter medo. Sei evitar tudo aquilo que me faça perder o controle. Mas quando quero o contrário, não sei pedir por tal.

08/05/2010

De: Rê. Para: Mim.

Egoísta. Ela se diz assim. Mas não! Coração gigante escondido dentro de um ser tão pequenininho. Sonhos de uma grande mulher. Nada convencional. Totalmente fora da ordem. Meiga. Sem querer ser. Brilhante. Não dá conta de quase nada, mas diz tanta coisa! Está presente daquele jeito, tipo 'Eii estou aqui, alguém me da atenção??' Sem coordenação! Atrapalhada! Centrada! Talvez meio cética. Mas tem medo de bruxa. Bonequinha, nada emo. Nada frágil. Guerreira. Determinada e muito atrapalhada. Não sabe falar baixo e nem precisa! Ela sempre conta tudo depois! Amiga. Divertida. Sincera e atrapalhada ( entendam, ela é mesmo atrapalhada!). Só sabe dar carinho quando ninguém está olhando. Do contrário, nem quer saber. Gosta de vinho, de cerveja e de coca zero. E chocolate e tem um cheiro docinho. Daqueles que só amigas especiais sabem ter. Está sempre lá e cá. E sabe se fazer essencial. Tem seu mundo guardado dentro de caixinhas no guarda roupa. E aí de alguém se entrar sem ser convidado. Ela é brava e muito. Só não tem tamanho pra colocar medo. É assim, toda pequena, toda bonitinha, toda minha amiga!

Por: Rê Romão.



Tipo certo

Você é o tipo de pessoa que analisa e critica. Odeio ser analisada e criticada. Você discorda das minhas opiniões. Vai contra os meus princípios. Fala da minha roupa nada propícia para ocasião.  Acha estranho quando não te deixo dirigir meu carro ou digo que não precisa me buscar. Pois é, as coisas aqui não são muito convencionais. Você faz o tipo cavalheiro, educado, culto e claro, estranho. E eu, eu faço o tipo que não descobriu ainda o próprio tipo, tenho planos e sonhos, mas sinto que posso mudá-los a qualquer momento. Já você, tem um caminho trilhado e dificilmente mudará seu destino. Pois é, você faz o tipo responsável e eu faço o tipo desmiolada. Você faz o tipo cara estranho. E eu tenho meus momentos de excentricidade. E assim esses vários tipos acabam se encontrando no final e você acaba sendo o tipo certo pra mim.

03/05/2010

Discrepância e Concordância

E então você passa me buscar. E eu não estou pronta. Você me espera com a maior paciência do mundo, com o melhor humor. E então, saímos. E no seu carro toca Beatles. E eu digo que tenho a discografia e você diz que tem o melhor cd, 'Abbey Road'. E eu não dou importância. É a discografia contra um cd. E eu ganho. E então conversamos, trocamos informações, importantes e desimportantes. Discutimos sobre filmes, livros, sicas e o tempo. Sempre existe assuntos triviais como o tempo. Mas tenham certeza, no nosso caso não é falta de assunto. Estamos sim, interessados no tempo. Temos muitos interesses. Interesses em tudo. Interesses em comum. E então quero registrar aquele momento. Um tanto quanto banal, corriqueiro. Para uns. Não pra mim. E se uma hora o tal momento tornar-se banal e corriqueiro. Sabemos muito bem como reverter. É fato. Somos bons em não deixar os momentos ficarem chatos. E eu como sempre querendo registrar esses tais momentos nada chatos. E aí, nos descobrimos um tanto quanto parecidos. E são nas caretas que nos identificamos. Pois é, somos ótimos em caretas. Somos ótimos separados, mas somos melhores ainda juntos. Somos. Sim, um tanto quanto quanto dissemelhante ao resto.  Concordamos quando temos que discordar e discordamos quando temos que concordar. E é esse o segredo. Discrepâncias. Quem disse que sempre precisamos de concordâncias em nossas vidas.

23/04/2010

Sorry, my mistake.

Espero que não seja contagiante, espero que a minha demasiada preguiça das pessoas não  corrompa a todos. Mas serei sincera e de uma vez por todas. Sim, eu me arrependo. Apesar de relutar sempre para que não aconteça. Vez ou outra, o maldito arrependimento aparecerá. Na maioria dos casos o arrependimento é proveniente das pessoas ou melhor, do meu contato com as pessoas. Pois é, tenho preguiça dessas. Acho-as irritantemente confusas, desgastantes e sem pormenores, um tanto quanto descartáveis. Sim, tanto pra mim, quanto para o resto da população. É, estou sim, tentando dizer que aproximação, contato, conversas e interesses, na maioria das vezes, a meu ver são desnecessários. Não estou interessada em desgastes emocionais, em desvios de atenção e muito menos joguinhos, como aqueles costumam dizer, conquista. Entretanto, mostro-me de uma forma simples. Sou clara, esclarecida, sem jogos. Sem coragem e vontade para brincar. Tenho preguiça de você, dele, dela e de toda aquela conversa, aquela briga, as explicações e desculpas. Não existe meio termo, indecisões e confusões. Sou isso e talvez pode-se dizer que um pouco mais. Mas sou muito mais simples do que pareço. Portanto, para mim sempre será isso ou aquilo. E como não é. Mais uma vez afasto-me.

20/04/2010

Cara Estranho

Sabe-se desde sempre meus gostos e desgostos. Coisas que me agradam ou desagradam. Aparências, gostos e desejos quanto mais bizarros, mais desperta meu interesse. E foi assim que te notei. Barba, all star, poucas palavras e algo a mais, instigaram-me quase de uma maneira incontrolável a conhecê-lo. Mas foi aí que me decepcionei e conclui que as pessoas são mais interessantes na minha imaginação do que na realidade. Você é mais um que atua diante as pessoas. Que foge das minhas expectativas e se perde na mesmice, na obviedade e na normalidade que tanto atormenta. Faltou em você uma pitada de jovialidade. Mesmo tendo seus vinte e poucos anos. Faltou da sua parte um certo inconformismo. Queira ou não, pessoas conformadas com tudo não crescem, não buscam. Desculpe-me, superestimei sua personalidade, sua vida, seus gostos, seus momentos e pensamentos. Nós dois erramos. Eu em achar que a partir da sua aparência encontraria uma pessoa intrigante. E você, por ser assim. Umas pessoa comum, com sentimentos comuns e costumes comuns. Infelizmente sem aquela graça jovial. Porque só nós aos vinte e poucos anos podemos desfrutar da maneira mais natural a excentricidade, inconsequência, intensidade e acima de tudo a estranheza. Mas você é só mais um procurando pela normalidade.

12/04/2010

Então, fale!

Situação lamentável eu diria. Pode ser algo bem diferente pra você. Pode ser digamos, uma relação civilizada. Claro que, só existe o 'civilizado', pois a relação já acabou há alguns anos e com ela foi tudo aquilo que tínhamos de bom entre nós, de nós e sobre nós. Guardo e guardarei todos os bons momentos, todas as lembranças e você é a única pessoa que faço questão de nunca esquecer. Eu sei que isso não é recíproco. Mas eu tenho paciência e sei até que ponto. Você acabará cedendo. Você acrescentou muitas coisas boas. Em todos os sentidos. Posso dizer que foi com você que mais aprendi. Não te quero pelos beijos e abraços. Mas sim, por tudo aquilo que você ainda consegue me fazer sentir. O seu bom humor, as piadas internas ou não, as conversinhas sobre livros e músicas. E tudo aquilo que você demasiadamente tenta impedir. Não te peço muito, já passei dessa fase. Só peço que fale. E que quando eu falar, não tente me impedir. E se não se sente a vontade para conversas bobas sobre nós. Então fale por que. Explique-se. Nunca te impedi de nada e não será agora. Só peço que fale, fale aquilo que costumava falar antes. Fale aquilo que tem falado ultimamente. Fale aquilo que tem vontade. Ou que não tem coragem. Mas fale. As limitações da sua parte a meu ver são apenas lamentáveis. Mas quem disse que precisa ser assim? Mas então, fale!

07/04/2010

As maçãs

Era uma vez uma menina, que desde pequena costumava colher e comer maças. Mas ela tinha um problema, ou escolhia as estragadas ou recebia de estranhos as envenenadas. Sempre em sua vida não soube lidar muito bem com isso, apenas acostumou-se. Quando percebia que não estavam boas para consumo simplesmente as jogavam fora ou as deixavam para enfeite. Geralmente eram maçãs lindas e suculentas, sua aparência a enganava. Até que um dia resolveu procurar aquelas que não eram tão chamativas e mais uma vez as maçãs a decepcionavam. Mudou então, para aquelas com formas diferentes, cores e até sabores, mas suas maçãs ainda vinham estragadas. E assim, repentinamente pensou consigo mesma que deveria então aprender a comê-las. Se não vence o inimigo, junte-se a ele. Descobriu que cortando suas maçãs poderiam então, retirar as partes boas. Como costumam dizer, essa comia pelas bordas. Aquelas envenenadas, que supostamente seriam perigosas, eram possíveis de uma bela degustação também. E assim, se adaptou. Depois de um árduo tempo. Conseguiu uma maneira de conciliar sua vontade de comer maçãs com o seu péssimo gosto para escolhê-las.

18/03/2010

Modo de usar-se

Coitada, foi usada por aquele cafajeste". Ouvi essa frase na beira da praia, num papo que rolava no guarda-sol ao lado. Pelo visto a coitada em questão financiou algum malandro, ou serviu de degrau para um alpinista social, sei lá, só sei que ela havia sido usada no pior sentido, deu pra perceber pelo tom do comentário. Mas não fiquei com pena da coitada, seja ela quem for. Não costumo ir atrás desta história de "foi usada". No que se refere a adultos, todo mundo sabe mais ou menos onde está se metendo, ninguém é totalmente inocente. Se nos usam, algum consentimento a gente deu, mesmo sem ter assinado procuração. E se estamos assim tão desfrutáveis para o uso alheio, seguramente é porque estamos nos usando pouco. Se for este o caso, seguem sugestões para usar a si mesmo: comer, beber, dormir e transar, nossas quatro necessidades básicas, sempre com segurança, mas também sem esquecer que estamos aqui para nos divertir. Usar-se nada mais é do que reconhecer a si próprio como uma fonte de prazer. Dançar sem medo de pagar mico, dizer o que pensa mesmo que isso contrarie as verdades estabelecidas, rir sem inibição – dane-se se aparecer a gengiva. Mas cuide da sua gengiva, cuide dos dentes, não se negligencie. Use seu médico, seu dentista, sua saúde. Use-se para progredir na vida. Alguma coisa você já deve ter aprendido até aqui. Encoste-se na sua própria experiência e intuição, honre sua história de vida, seu currículo, e se ele não for tão atraente, incremente-o. Use sua voz: marque entrevistas. Use sua simpatia: convença os outros. Use seus neurônios: pra todo o resto. E este coração acomodado aí no peito? Use-o, ora bolas. Não fique protegendo-se de frustrações só porque seu grande amor da adolescência não deu certo. Ou porque seu casamento até-que-a-morte-os-separe durou "apenas" 13 anos. Não enviuve de si mesmo, ninguém morreu. Use-se para conseguir uma passagem para a Patagônia, use-se para fazer amigos, use-se para evoluir. Use seus olhos para ler, chorar, reter cenas vistas e vividas – a memória e a emoção vêm muito do olho. Use os ouvidos para escutar boa música, estímulos e o silêncio mais completo. Use as pernas para pedalar, escalar, levantar da cama, ir aonde quiser. Seus dedos para pedir carona, escrever poemas, apontar distâncias. Sua boca pra sorrir, sua barriga para gerar filhos, seus seios para amamentar, seus braços para trabalhar, sua alma para preencher-se, seu cérebro para não morrer em vida. Use-se. Se você não fizer, algum engraçadinho o fará. E você virará assunto de beira de praia.
Martha Medeiros

16/03/2010

Viu? Não tem que ser assim!

Segundo a Teoria da Psicanálise, aquilo que criticamos, negamos ou até mesmo repugnamos é exatamente o contrário. Entende-se então, que tudo aquilo que tento afastar ou com demasiadas palavras tento criticar, é analisado de forma contrária. Quero um amor para vida toda, quero filhos, quero ser uma dona de casa exemplar, quero submissões nos relacionamentos. Mas que porra é essa? Qual a parte de que acho tudo isso uma simples regra para ser aceito na sociedade você não entendeu ainda? Por um acaso não tenho a capacidade para ser feliz ou ter uma vida plena da maneira que idealizo? Acho sim necessário ter alguém ao me lado, mas precisa ser morando de baixo do meu teto? Preciso vê-lo todos os dias? Ninguém tenta entender o meu lado ou algum outro lado feminino que pensa semelhante. As minhas crises de TPM, os meus momentos de isolação e o meu mau humor não são levados em conta nunca, ? Pois é, é sempre assim mesmo. Tenho que seguir as regras e impedir meus hormônios de funcionarem durante meu período pré menstrual. Tenho que sempre ser receptiva e dormir pelo menos umas doze horas para o meu humor está sempre ótimo. Sinto informá-los, mas isso é impossível. Portanto, penso que ninguém deve ou é obrigada a passar isso comigo. Alias, eu nem quero isso. Desculpa, mas realizações, futuro, planos e felicidade não se resumem a pessoas, relacionamentos, dependências, procriações ou em um papel assinado por um casal para o governo poder te controlar. Agora você entendeu ou ainda acha que quero tudo aquilo para minha vida? Quero poder acordar e brigar comigo mesma na frente do espelho. Quero ir para o quarto com um bom livro e não ter que dizer uma palavra sequer. Quero ter crises de TPM e me empanturrar de chocolate, assistindo um bom drama e me acabar de chorar sem ninguém me perguntar se tem algo de errado comigo. Quero usar os nomes escolhidos de uma lista gigantesca em meus gatos, cachorros e iguanas. É pedir muito que entenda que é assim que idealizo minha felicidade? Quero sim, pessoas em minha volta, mas tem que ser desse seu jeito trivial? Não, não tem! Quero liberdade. Quero independência. Não quero viver por alguém. Quero viver pelo mundo. Quero mais. Quero aquilo que ainda não foi definido ou classificado. Mas eu só sei que quero!

Sempre.

-Sempre! É uma palavra terrível. Estremeço sempre que ouço. As mulheres gostam muito de usá-la. Estragaram todo o idílio, querendo fazê-lo eterno. É uma palavra sem signifiado algum. A única diferença que há entre um capricho e uma paixão eterna é que o capricho dura um pouco mais.



O Retrato de Dorian Gray.
-Ah! Meu caro Basílio, justamente por isso posso sentir. Os que são fiéis conhecem unicamente o lado trivial do amor. O infiél é que conhece as tragédias do amor.



( O Retrato de Dorian Gray )




( e não e que é bem assim mesmo? )

23/02/2010

' Inconsciente '

Posso sempre dizer o quão fria e insensível eu sou. Posso ser analisada pela quantidade de sorrisos que dou em uma noite. Geralmente são poucos. Posso criticar os casamentos, as submissões, os filhos que virão no futuro. Posso almejar por independência. Por empregos bem remunerados. Por apartamentos bem decorados. Por noites sossegadas. Até por camas grandes e muito espaço para não haver intrigas. Posso não suportar a palavra intimidade e tudo que ela acarreta. Não costumo pensar em construir algo com alguém no futuro. Consigo sim, pensar em uma casa vazia repleta de objetos do meu interesse e coisas para meu entretenimento. Faço planos sim. Sempre do meu modo egoísta de ser. Não penso nos outros. Gosto de saber que ninguém depende de mim. E que meus atos e escolhas, supostamente afetam somente a minha pessoa. Procuro pensar no quão livre eu sou. No que toda essa liberdade representa. Mas no meio da noite, inconscientemente penso no quanto é bom tê-lo dormindo ao meu lado só para esquentar meus pés. Mas lembre-se, é inconsciente.

16/02/2010

' I said don't look back, just keep on walking '

Eu disse para não olhar pra trás e continuar andando. É assim que se aprende. Jamais deixar as coisas, pessoas e lembranças do passado fazer parte da sua vida. Sempre tentar da melhor maneira possível, deixar sim, tudo aquilo passar. Coisas como amores, perfumes, fotos e afins, sempre pra trás. E só se segui em frente quando se deixa de pensar no que aconteceu ou no que poderia ter acontecido. Imaginar se tivesse feito de maneira diferente só te atrasa. E tenho certeza que ninguém deseja isso. Pessoas com que se teve convivência e ainda fazem parte de tudo, são com quem pode-se contar. Já aqueles que vão e vem não acrescentam em nada. E mais uma vez, deixem passar. Pense naquilo que esta por vir e não espere o passado virar presente. Conviver com pessoas que te fazem bem e não com aqueles que te sugam ou esperem que você mude. Não mude por ninguém. Tenha princípios. É dessa forma que as pessoas te admiram. Não transforme o pretérito numa forma de sobrevivência. Como já havia dito, aquilo tudo passou. Não faz mais parte da sua vida. Fez um dia, mas não faz mais. Tente sempre não olhar pra trás e sempre continuar andando. É assim que irá chegar onde quer.
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