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21/06/2010

EU USO ÓCULOS

São questões um tanto quanto relevantes. Pra você. Não pra mim. Nenhuma questão que me deixe preocupada é relevante. Não, não irei discutir. Eu já cansei antes mesmo de começar. Pode ser que algum dia alguém aprenda que nem sempre somos obrigados a aceitar fatos e atos. Que estar certo ou errado é sim, de fato relativo. Sempre há duas vertentes, duas visões e duas opiniões. E sempre remete aquela questão, 'está nos olhos de quem vê'. Digo isso querendo que seja de uma forma desacreditada, nem sempre quero estar certa. Mas isso é verdade. E infelizmente, meus olhos não me enganam mais. Eu tenho usado óculos, sabe? Pois é, enxergamos coisas que não queremos, deixamos de falar coisas que nos sufocam e tudo isso pra que mesmo? Talvez aquela lição sobre manter boas relações esteja surtindo efeito. Mesmo um efeito retardado. Mas talvez. Sob a acusação de que sou grossa, insensível, exagerada e claro rancorosa. Mantenho-me sob efeito de uma boa dose de paciência e contenho-me. Mas eu enxergo, posso ser tudo isso, muitas coisas e afins, mas eu enxergo. Afinal, eu uso óculos.

08/06/2010

50 dias com ela

Ela sempre foi o tipo de menina que eles olham e pensam no quão meiga essa é ou poderia ser. Ela é pequena e aparentemente delicada. Mas não se enganem. Sempre acreditou em muitas coisas, em tudo e em todos. Mas não acreditava em relações. Daquelas que envolvem duas pessoas (no seu caso) gêneros diferentes. A menina sempre achou muito difícil compartilhar sua vida, seus costumes, seus segredos, seu dia com alguém. Ao seu ver, um estranho invadindo seu mundo. Todos eles são sempre muito estranhos. Ela tinha suas manias. Escovar os dentes no box, não gostar de pentear os cabelos, mascar somente a metade do Tridente. As músicas não eram de comum agrado. Beatles ou Carla Bruni, são para poucos. Ela lia O Retrato de Dorian Gray, mas gostava mesmo era do Lorde Henry. Ela era confusa, impermeável, peculiar e egoísta. Ela sempre foi egoísta. Não atreviá-se a dizer o contrário. Assim as pessoas não insistiam. Mas ele, ele insistiu. Ele, ah ele! O cara estranho, chato, com seus tênis sempre brancos. Gostava das mesmas músicas. Beatles era bom e seu preferido sempre foi o Paul. Também gostava de livros com personagens estranhos e sempre admirava-os. Ele também tinha manias, daquelas um tanto quanto sistemáticas. E ela adora. Ele tem os pés e as mãos quentes. Enquanto ela, possui as extremidades frias. Ela tem franja e ele adora. Ele tem barba e ela acha aquilo um máximo. E os dois assim se completam e combinam. Ela passou acreditar. E ele conseguiu. Ela começou a contradizer-se. E ele passou a sempre estar certo. E ela desistiu de teimar. Resolveu se entregar. E agora? Agora ela está vivendo. Agora ela está experimentando. Agora ela possui um misto de sentimentos que jamais pensou que existisse. Agora ela pode dizer que está completo ou melhor, está se completando. São 50 dias e muito mais.
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