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18/05/2010

Um certo incômodo

Eu sinto muito pelo incômodo. Mentira. Pra falar a verdade, eu não sinto nada. A sua inquietação sobre os atos alheios é um tanto quanto preocupante. Não pra mim. Como já disse. Eu não sinto. Eu não sinto por você, não sinto por ela, não sinto por ele e não sinto nem por mim. Tenho comigo que suas palavras, caras e bocas não fazem muita diferença. Se fizesse, creio que alguém já teria mudado seu jeito de ser, de pensar e passaria a ser um pouco mais como você. Mas ninguém está disposto a isso. Ninguém deseja ser uma pessoa amarga, ser uma pessoa confusa, ser um tanto quanto mórbida. Pois é, as vezes chego a pensar que sua vida se restringe à vida dos outros. Não, longe de mim super valorizar os meus momentos. Até porque, você já faz isso por mim. Mas cabe a mim, decidir o que é ou deixa de ser importante. Não sinto em dizer que alguém com características tão desprezíveis pré determinadas por mim, consiga ao menos definir o que sou, o que tenho, o quero ou o que irá acontecer.

11/05/2010

Medo

Todo esse medo e receio , vem do medo de querer. Vem do medo de ceder. Vem do medo de se perder. Medo de ir e não ter como voltar. Medo de aceitar e não poder negar. Medo de sentir e decepcionar-se. A resposta é sempre medo. Onde já se viu perder o controle. Não sentir o chão. Não ligar para o tempo. Se entregar. Pois é, calma e paciência são palavras que tentam instalar-se em meu vocabulário. Abster das emoções, das intensidades e vontades, são atitudes um tanto quanto nada coerentes na minha vida, mas tento sempre aplicá-las nas mais diversas situações. Quero poder agir, sem sofrer aquela recriminação. Não quero pensar no que pode dar errado. Não quero ter que ser cautelosa. Cautelas e cuidados  não servem pra mim. E não quero que sirvam. Não sei como acertar, mas sei muito bem dos erros. Não sei como aproximá-lo, mas sei como afastá-lo. Sim, sei fazer tudo aquilo que me faz não ter medo. Sei evitar tudo aquilo que me faça perder o controle. Mas quando quero o contrário, não sei pedir por tal.

08/05/2010

De: Rê. Para: Mim.

Egoísta. Ela se diz assim. Mas não! Coração gigante escondido dentro de um ser tão pequenininho. Sonhos de uma grande mulher. Nada convencional. Totalmente fora da ordem. Meiga. Sem querer ser. Brilhante. Não dá conta de quase nada, mas diz tanta coisa! Está presente daquele jeito, tipo 'Eii estou aqui, alguém me da atenção??' Sem coordenação! Atrapalhada! Centrada! Talvez meio cética. Mas tem medo de bruxa. Bonequinha, nada emo. Nada frágil. Guerreira. Determinada e muito atrapalhada. Não sabe falar baixo e nem precisa! Ela sempre conta tudo depois! Amiga. Divertida. Sincera e atrapalhada ( entendam, ela é mesmo atrapalhada!). Só sabe dar carinho quando ninguém está olhando. Do contrário, nem quer saber. Gosta de vinho, de cerveja e de coca zero. E chocolate e tem um cheiro docinho. Daqueles que só amigas especiais sabem ter. Está sempre lá e cá. E sabe se fazer essencial. Tem seu mundo guardado dentro de caixinhas no guarda roupa. E aí de alguém se entrar sem ser convidado. Ela é brava e muito. Só não tem tamanho pra colocar medo. É assim, toda pequena, toda bonitinha, toda minha amiga!

Por: Rê Romão.



Tipo certo

Você é o tipo de pessoa que analisa e critica. Odeio ser analisada e criticada. Você discorda das minhas opiniões. Vai contra os meus princípios. Fala da minha roupa nada propícia para ocasião.  Acha estranho quando não te deixo dirigir meu carro ou digo que não precisa me buscar. Pois é, as coisas aqui não são muito convencionais. Você faz o tipo cavalheiro, educado, culto e claro, estranho. E eu, eu faço o tipo que não descobriu ainda o próprio tipo, tenho planos e sonhos, mas sinto que posso mudá-los a qualquer momento. Já você, tem um caminho trilhado e dificilmente mudará seu destino. Pois é, você faz o tipo responsável e eu faço o tipo desmiolada. Você faz o tipo cara estranho. E eu tenho meus momentos de excentricidade. E assim esses vários tipos acabam se encontrando no final e você acaba sendo o tipo certo pra mim.

03/05/2010

Discrepância e Concordância

E então você passa me buscar. E eu não estou pronta. Você me espera com a maior paciência do mundo, com o melhor humor. E então, saímos. E no seu carro toca Beatles. E eu digo que tenho a discografia e você diz que tem o melhor cd, 'Abbey Road'. E eu não dou importância. É a discografia contra um cd. E eu ganho. E então conversamos, trocamos informações, importantes e desimportantes. Discutimos sobre filmes, livros, sicas e o tempo. Sempre existe assuntos triviais como o tempo. Mas tenham certeza, no nosso caso não é falta de assunto. Estamos sim, interessados no tempo. Temos muitos interesses. Interesses em tudo. Interesses em comum. E então quero registrar aquele momento. Um tanto quanto banal, corriqueiro. Para uns. Não pra mim. E se uma hora o tal momento tornar-se banal e corriqueiro. Sabemos muito bem como reverter. É fato. Somos bons em não deixar os momentos ficarem chatos. E eu como sempre querendo registrar esses tais momentos nada chatos. E aí, nos descobrimos um tanto quanto parecidos. E são nas caretas que nos identificamos. Pois é, somos ótimos em caretas. Somos ótimos separados, mas somos melhores ainda juntos. Somos. Sim, um tanto quanto quanto dissemelhante ao resto.  Concordamos quando temos que discordar e discordamos quando temos que concordar. E é esse o segredo. Discrepâncias. Quem disse que sempre precisamos de concordâncias em nossas vidas.
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